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Projetos piloto

Os municípios que participam no projecto Life Adaptate encontram-se a desenvolver acções-piloto de adaptação às alterações climáticas com o objectivo de melhorar a qualidade de vida dos seus cidadãos.

Para saber mais sobre estas acções-piloto, o documento Design final das ações piloto (em inglês) encontra-se disponível para download.

Criação de uma área arborizada com rega gota-a-gota de água tratada.

Informação essencial: O município de Águilas verifica uma grande procura de água que se intensifica devido ao crescimento incipiente da população durante a época de férias – passando de 34.706 habitantes para 86.579 habitantes durante o Verão – e à enorme quantidade de água necessária para realizar a principal actividade da economia de Águilas, que é a agricultura. Por conseguinte, existe um grande problema relacionado com a escassez de água disponível para a manutenção das zonas urbanas arborizadas. Para inverter esta situação, foi concebido um sistema para o aproveitamento da água resultante das estações de tratamento de águas residuais, que de outra forma seria descarregada para o mar.

Riscos climáticos: O impacto das secas na sociedade pode ser muito elevado, sendo uma das catástrofes naturais que causam mais prejuízos económicos. A falta de água intensifica a erosão, já que o ar e a água arrastam as partículas superficiais do solo, que levam à perda da camada fértil e protetora do solo. Em seguida, a regeneração da cobertura vegetal torna-se cada vez mais lenta. Neste contexto, medidas como o aumento do volume de água de rega e da superfície das áreas arborizadas de um território são essenciais por forma a mitigar o aumento da temperatura e para parar o processo de desertificação, uma vez que os centros urbanos são importantes fontes de calor e estas áreas verdes são capazes de reduzir significativamente a temperatura local, reduzir a erosão e aumentar naturalmente a reserva de água de um território.

Solução proposta: A acção terá início a partir da estação de tratamento de água localizada na Rua Las Mascaras (zona industrial “El Labradorcico”), de onde irá fluir uma conduta até à bomba de água responsável pela elevação da água tratada para dois tanques de 35 m3 utilizando energia solar, de onde esta água irá cair (por gravidade) para a zona arborizada criada no âmbito deste projecto, que se encontra a 1,3 km da estação de tratamento.

Acondicionamento e ligação de zonas verdes desde os arredores da Praça Severo Ochoa até ao Parque Ensanche

Informação essencial: O município de Cartagena encontra-se a criar um corredor urbano de zonas verdes interligadas que permitem a criação e a modificação ao nível dos microclimas urbanos por forma a aliviar o aumento da temperatura ambiente. Pretende-se alterar o conceito de concepção de parques e de praças públicas, através da remoção de pavimentos impermeáveis e da introdução de árvores, vegetação, pérgulas, algumas com cobertura verde, e aumentar o número de sistemas que permitem a infiltração de água aquando da ocorrência de episódios de chuva.

Riscos climáticos: O município de Cartagena acredita que o aumento das zonas verdes adaptadas à utilização dos espaços pode ajudar a reduzir os riscos climáticos na vida quotidiana dos seus cidadãos. Esta acção-piloto procura reduzir entre um ou dois graus nas áreas relacionadas e alterar a forma como visualizamos quer o conceito de rua quer de corredor verde.

Solução proposta: A acção-piloto é o resultado de um conjunto de iniciativas que promovem a mitigação das altas temperaturas nas horas de maior insolação diária, favorecendo a infiltração da água em episódios de chuva e a fixação do CO2 através da vegetação. A criação de espaços sombreados será feita com a introdução de espécies arbóreas nativas e autóctones bem adaptadas, com a expanção dos canteiros de árvores, introduzindo pérgolas, sendo algumas destas com coberturas verdes, no mobiliário urbano, utilizando as mesmas espécies trepadeiras e ainda com a construção de bancos para descanso dos utilizadores da zona.

Zonas de sombra nas principais ruas de Lorca

Informação essencial: O objectivo da acção-piloto do município de Lorca é desenvolver uma acção demonstrativa para a avaliação dos resultados obtidos na instalação de corredores sombreados no centro da cidade de Lorca e assim contrariar as ilhas de calor urbanas, cujos microclimas têm um impacto negativo no aquecimento global. Esta acção envolve a instalação de toldos em várias ruas ou em vias-chave da cidade, como na Rua Corredera, criando zonas de sombra e corredores que melhoram o conforto térmico dos utilizadores, reduzindo a temperatura nas fachadas e pavimentos devido à radiação solar, bem como reactivando o comércio nos meses de calor extremo.

Riscos climáticos: Os riscos de alterações climáticas que Lorca enfrenta são, principalmente, as ondas de calor e as ilhas de calor urbanas. Junho a Setembro é o período em que se registam as temperaturas médias mais elevadas, atingindo uma temperatura média de 25º nos meses mais quentes, atingindo temperaturas máximas de 40º no Verão.

Solução proposta: Os toldos foram instalados por meio de âncoras, que foram instaladas nas fachadas dos edifícios localizados nas ruas mencionadas, cobrindo desde a Calle Corredera até à Calle Alburquerque e à Almirante Aguilar, não incluíndo, no entanto, parte da rua Pío XXII e Alporchones para que os toldos não afetassem a vista sobre o Castelo de Lorca.

Reconstrução da estrutura hidrológica do lago Vidusezers e limpeza do lago

Informação essencial: O projecto-piloto do município de Smiltene prevê a limpeza do lago e a reconstrução da estrutura hídrica por forma a evitar riscos de inundação e processo de eutrofização. O lago Vidusezers é um reservatório de água artificial (2,9 ha), localizado no meio de uma cascata de lagos, a 200 metros do centro de Smiltene. É um lago eutrófico com nutrientes e crescimento de plantas. As flores das algas são o sinal mais visível de eutrofização, ocorrendo no Lago Vidusezers no Verão. A estrutura hidrológica do Lago Vidusezers está quebrada e as comportas precisam ser equipadas com um mecanismo automático de elevação para controlar o nível da água no Lago Vidusezers.

Riscos climáticos:  As alterações climáticas aumentam as diferentes possibilidades naturais de risco – a eutrofização e as inundações nos municípios locais da Letónia estão a tornar-se cada vez mais recorrentes. Esta acção-piloto destina-se a mitigar estes riscos e a promover a adaptação. O município de Smiltene encontra-se em risco devido à ocorrência de chuvas intensas cada vez mais frequentes e a um risco crescente ao nível das inundações na região. O risco de inundações é uma das principais preocupações na Letónia, porque o pais é rico em água: a densidade média da rede fluvial é de 600m/km2 , as massas de água ocupam 1,7% do território. A Letónia tem uma superfície plana (98% do país situa-se a menos de 200 m acima do nível do mar), o que torna o país mais vulnerável a inundações.

Solução proposta:  Os principais objectivos deste projecto-piloto são a reconstrução das estruturas eclusas existentes, instalação de equipamento com um mecanismo de elevação automática para o controlo do nível da água no Lago Vidusezers assim como proceder ao aprofundamento e à limpeza do Lago Vidusezers, à escavação de lamas e ao aumento da profundidade média de escavação de 1,10m. O objectivo é baixar o nível da água, limpar o curso de água e aprofundá-lo até uma profundidade média de 1,10m. A área total de limpeza é de 2,40 ha. As margens dos lagos (1.400 m2) serão alisadas e niveladas após a conclusão dos trabalhos.

Criação de zonas de sombreamento, algumas com integração de energias renováveis, promoção de projectos relativos à criação de uma floresta multifuncional e ao desenvolvimento de um plano de turismo sustentável

Informação essencial: Mértola está localizada na região Sudeste de Portugal e ocupa uma área de 1292 km2 e conta com 7500 habitantes. Uma grande parte da área municipal é constituída por terrenos florestais com espécies de crescimento rápido e terrenos agrícolas, o que significa que é particularmente vulnerável à escassez de água e ao risco crescente do aumento do número de incêndios florestais.

Riscos climáticos: As projecções climáticas para Mértola apontam para uma diminuição da precipitação média anual, com um potencial aumento da precipitação no Inverno e um aumento da frequência e da intensidade dos períodos de secas. Haverá também um aumento da temperatura média anual, um aumento do número de dias com temperaturas muito elevadas e um aumento das noites tropicais.

Solução proposta: As acções-piloto do município de Mértola são:

  1. Implementação de sombreamentos com o objectivo de garantir a existência de zonas de sombra que proporcionem uma solução para as altas temperaturas.
  2. Desenvolvimento de um plano de turismo sustentável.
  3. Promoção de projectos de criação de uma floresta multifuncional baseada em espécies endógenas e de promoção da regeneração natural dessas mesmas espécies.

Implementação de um lago natural, criação de zonas sombreadas e promoção de projectos relativos à criação de uma floresta multifuncional

Informação essencial: Alfândega da Fé situa-se no lado sul da Serra de Bornes e tem a particularidade de se situar a uma altitude de 1000m. É importante referir que em Alfândega da Fé as áreas florestais cobrem aproximadamente 68% da área total. Por conseguinte, é particularmente vulnerável a um aumento do número de incêndios florestais. Devido a isso, foram desenvolvidos alguns planos importantes, relacionados com a prevenção de incêndios florestais e com a ocorrência de fenómenos extremos de temperatura.

Riscos climáticos: O município regista temperaturas elevadas e precipitações baixas durante os meses de Verão. Como grande parte do território municipal é constituído por terrenos florestais e agrícolas, é particularmente vulnerável aos incêndios florestais. Além disso, outros impactos climáticos são identificados como temperaturas extremas, escassez de água e aumento do gelo e da neve.

Solução proposta: São acções-piloto do município da Alfândega da Fé:

  1. Implementar um lago natural de modo a responder à grande vulnerabilidade do município aos fenómenos da seca e consequente risco de incêndio.
  2. Criar zona de sombra com a integração de energias renováveis com uma área total de aproximadamente 120,00 m2.
  3. Promoção de projetos para a criação de uma floresta multifuncional com base em espécies endógenas e promoção da regeneração natural dessas mesmas espécies.